Butão

Encravado no alto da cordilheira do Himalaya, fazendo fronteira com a Índia e o Tibet, está uma joia rara: o Butão. Essa pequena nação, menor do que o Estado do Rio de Janeiro, concentra 34 rios e florestas quase inexploradas, tem a religião como cultura predominante e costumes tão próprios que podem causar surpresa à primeira vista.

Fazer uma viagem ao Butão é vivenciar a felicidade. Isso mesmo. O pequenino país, que preza a simplicidade e as tradições, que é rico em biodiversidade e que abriga mais de dois mil templos e monastérios budistas, é conhecido mundialmente como o "Reino da Felicidade".

A razão? O seu rei decidiu colocar a felicidade do povo acima de qualquer interesse econômico. Apesar de estar entre as nações mais pobres do mundo, sua Felicidade Interna Bruta é uma das dez maiores do mundo, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Isso foi atingido graças a um governo com uma sofisticada filosofia de desenvolvimento sustentável, que preza por uma série de critérios na implementação de qualquer projeto, como a preservação das tradições e a conservação do meio ambiente. Há até um Ministério da Felicidade! Como resultado, ninguém passa fome, não há pedintes pelas ruas e os índices de violência são baixíssimos. Não há nem mesmo registro de corrupção administrativa.

Diga-se de passagem, o que também contribui bastante com a felicidade geral da nação é o cenário magnífico no qual eles vivem. Recheado de paisagens montanhosas, que possibilitam a atração principal do país, o trekking, o Butão surpreende em suas belezas naturais, além de ser icônico em sua arquitetura, que mistura influências chinesas e tibetanas, sendo conhecida mundialmente pela riqueza de detalhes e pela simplicidade de estruturação, que praticamente dispensa pregos.

Fazer turismo no Butão não é fácil. Há bastante burocracia para entrar no país e as viagens por conta própria não são permitidas. Por medidas de precaução e de preservação do país, é proibido entrar no Butão sem comprovar que você pagou por estadia, alimentação para a viagem toda, transporte e serviço de guia, o que acaba desenvolvendo um turismo qualitativo e mais bem orientado.

A culinária local é simples, em função das culturas serem de subsistência, por isso a base da alimentação é batata, arroz montanhês e pimenta.

As hospedagens não são luxuosas e extravagantes, mas são confortáveis e aconchegantes, se você não se importar com os desenhos fálicos em algumas paredes em homenagem ao deus da fertilidade.